domingo, 20 de junho de 2010

de Souza foi ali, no Divino fotografar...


triste ironicamente falecer
onde o sobrenome da assinatura artística é último da rua
no acesso desumano, perde-se uma vida
no bairro onde o nome é de santo também assassinado
7 balas , não de festin, de calibre sim
cristóvão, não o colombo
nada descobriu
somente viu cobrir de preto a ferida
desacato com a arte
saber que isso hoje em dia faz parte
do nosso injusto, indecente, incoerente
a cortina se abre, porém o espelho se cala
joga um pouco desta muita que vai ser impossível dar subsposição
mede um diafragma noventa
só assim para dar foco em todos que já estão sentindo falta
ilumina esse nosso estúdio
que estaremos daqui sempre posando em rezas
torcendo para ter sua amizade sempre em nosso caminho
não o das índias, da passione italiana
que se fez a última lembrança a ser grafada com sua imensa luz
mais um que nos deixa e parte para retratar os anjos
de Souza parte para outra como outros da Silva
indelicada vida, bandida, de bandido mandar matar
vai fazer mais uma chorar
e amigos entristecer
lá se vai mais um Marcio
foi ali, no Divino fotografar...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

conceito momentâneo


percebe-se nos seus olhos
que não é o conceito
porém curta
pq a vida é tão
que será este apenas um momento
mas trará felicidade extrema
sempre que for lembrado o passado
vamos viver o presente
deixar de ser vidente
deixa a vida passar, levar, brincar
brincar de ser feliz
assim o futuro será conceitual
o presente digno
e o passado de boas lembranças momentâneas

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Muito bom

No mundo de loucos
um convite demorou
achado perdido
na mesa de um
conversa foi e veio
a hora de ir e rir
medicamento ficar
vamos em um
para um
no meu
à dois
com olfato na fruta
no pescoço
que cheirinho muito bom
apego lançado, amassado, suado
ficar um pouco mais é questão
de minutos adormecer, esquece
amanhece e sorri
com pecado na [ma]mão
na manhã
que carinho muito bom
surgiu a expressão
nos olhos e na boca
a delícia se fez louca
quero ir não
tem jeito?
dia de branco, branco
cinza, molhado, descabelado
cheguei...
foi muito, muito bom!

Divina

A presença do seu ser me alucina
divina
ai de mim
se soubesse
tantos dias
sem esse amor
sem essa alegria
jurei
sem cumprir
ao olhar me perdi
atriz, modelo, olhos verdes
futilidade, já tive essa idade
vamos fotografar?
caio por ti, dama,
meu céu surgiu no chão...
aparecer, reaparecer
fazer reviver, que bom...
sorriso nos olhos
encostado nos lábios rosados
você é linda, sim!

Bebe!

estou bebo
porque bebo
estou louco
estou solto
sem molde
sem sombra
na dúvida
em desnível
de corpo
de membros
e sendo lançado
para um certo mundo
da ben[mal]dita água
que quem bica, não bebe!

terça-feira, 1 de junho de 2010

"no talvez ficou"

culpa dela maldita, bendita
que me fez falar à sós, à cinco
se foi sim, ou não, talvez, será?
vamos lá, que seja, deixa rolar
deixe rolar...
no talvez ficou

dor do perder

Eu tenho estado muito carente
aparente, aparência de feliz
aqui neste frio de inverno
que inferno, sem nenhuma diretriz
misericórdia em um só tiro
discórdia, piro
afirmei, sempre quiz
não deu, me perdi
perdi!